Adeus ao "Pantera Negra"

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Gerações de torcedores portugueses se curvam para se despedir de seu ídolo maior do esporte. Conhecido como "Pantera Negra", reverenciado nos gramados do mundo inteiro, Eusébio faleceu no último domingo (5) aos 71 anos de idade após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Um país que já teve Dom Henrique, Luís de Camões, Dom Manuel, Vasco da Gama e Fernando Pessoa, lamenta hoje, a perda de mais um ícone.

Na última segunda-feira (6) foi realizado o velório do maior craque português da história. Milhares de pessoas se reuniram no Estádio da Luz, em Lisboa, para prestar as últimas homenagens ao ex-atleta. Entre os presentes estava o atual elenco do Benfica, clube que o consagrou na década de 60 e outras personalidades do futebol internacional.

Após o velório, a multidão de fãs e torcedores seguiu até a igreja onde houve uma cerimônia religiosa, que contou com a presença do presidente de Portugal Cavaco Silva. Após a missa, o corpo de Eusébio foi conduzido até o cemitério de Lumiar para o último adeus. O craque foi enterrado sob aplausos, uma despedida digna pelo que ele representou ao futebol mundial.

Eusébio da Silva Ferreira nasceu em 25 de janeiro de 1942 em Maputo, Moçambique, então colônia portuguesa. Começou a carreira jogando no Sporting Lourenço Marques, em seu país natal. Em 1960 transferiu-se para o Benfica, onde conquistou seus maiores títulos e atuou por 15 anos. Pelos "águias", suas principais conquistas foram a Copa dos Campeões Europeus de 1962, além de ter sido onze vezes campeão nacional.

Pela seleção lusitana, participou da Copa do Mundo de 1966 e terminou como artilheiro do Mundial com nove gols e terminou em terceiro lugar, a melhor posição de Portugal em Copas.  Vestindo a camisa da seleção nacional, ele jogou 64 partidas e marcou 41 gols, sendo o segundo maior artilheiro da seleção lusa, só foi batido recentemente por Cristiano Ronaldo. Após sair do Benfica, atuou em equipes dos México, Canadá, Estados Unidos e clubes menores de Portugal. Foi vencedor do prêmio "Bola de Ouro" em 1965 e eleito o nono maior jogador de futebol do século 20 pela FIFA.

A tarde de Lisboa está triste como um fado da também saudosa Amália Rodrigues.

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